Hoje, 15 de Janeiro, é o Dia Nacional do Jogo Limpo e de Combate ao Doping nos Esportes. Sem muita divulgação, pode parecer ser mais uma simples data comemorativa, mas não, é muito importante. Frequentemente tomamos conhecimento de dopagem de atletas, que se valem de substâncias proibidas para levar vantagem em competições. Por práticas institucionais de dopagem, a Rússia foi banida das Olimpíadas de Tóquio deste ano e dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, e da Copa do Mundo de Futebol do Catar, em 2022.
No Brasil, por conta das Olimpíadas do Rio, em 2016, foi sancionada a Lei 13.322, que atualizou a legislação brasileira para o setor e criou o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, composto por representantes indicados por Confederações Esportivas, pela Comissão Nacional de Atletas e pelo Governo Federal.
Para Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, fundador do Instituto Compartilhar e com longa e bem sucedida carreira como atleta e técnico de voleibol: “A nossa performance e nossa vitória deve ser fruto exclusivo do esforço e do suor que colocamos nos treinamentos e em toda a preparação na quadra e fora dela. A medalha será o coroamento deste processo, sem auxílio de nenhuma substância ou prática ilegal. Jogar limpo é mais do que não se dopar, é ter uma postura ética em todos os sentidos”.
No Instituto Compartilhar, desde a edição do guia “Escolha Certa – Esporte sem Álcool”, em 2006, trabalha-se com as crianças e adolescentes a importância do jogo e da cara limpa, conforme aponta o gerente executivo Luiz Fernando Nascimento: “Este programa em parceria com o CISA é muito importante para a sensibilização dos jovens quanto à bebida, mas o nosso principal trabalho é no dia-a-dia com a garotada, quando os professores usam os princípios da Metodologia Compartilhar de Iniciação para ensinar esporte juntamente com a vivência de valores. Para isso, criam um ambiente de aula que deve ser de jogo limpo, onde a ética e esforço serão reconhecidos mais do que a própria vitória. Somente assim estes jovens conseguirão transferir tais comportamentos positivos da quadra para outros ambientes como na escola, na família e na sociedade”.
Para Eduardo Szazi sócio de Szazi, Bechara, Storto, Reicher e Figueiredo Lopes Advogados, “a dopagem não se coaduna com o espírito olímpico e prejudica a justiça e a igualdade de condições entre os competidores. Além do prejuízo da saúde do próprio atleta, a dopagem encarna a tão mal-afamada Lei de Gerson, o jeitinho e a malandragem, que, longe de ser um bom atributo, representam má conduta ética, que deve ser combatida”